segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ela é a Madrinha da Vez: Bloco das Kengas 2011

A jornalista Margot Ferreira foi escolhida pelas Kengas de Natal, Madrinha dos Artistas 2011. Simpática como sempre, a nova "madrinha" recebeu abraços dos seus súditos nos jardins do Palácio da Cultura. Madrinha é Rainha para sempre!!!



OS DEZ FILMES DA VIDA DA MARGOT FERREIRA

link: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/meus-10-filmes-margot-ferreira/182041

REFLETORES DA FAMA

A apresentadora do RN 2ª Edição, da InterTV Cabugi, Margot Ferreira, é um dos mais belos rostos do telejornalismo local e nacional. Bonita, sem, porém, a altivez de (algumas) mulheres, que se acham mais belas do que realmente são, passa na tela uma simpatia pessoal que torna a sua beleza ainda mais cativante. Além desses atributos físicos, e da dicção perfeita e voz agradável, Margot é uma profissional de primeira categoria - que, sem qualquer bairrismo regional, poderia estar sentada na banca do Jornal Nacional.

Minha iniciação cinematográfica

Quem me levou ao cinema pela primeira vez foi meu irmão 10 anos mais velho do que eu. Ele até hoje é cinéfilo. Foi algum desenho animado da Disney, mas não me recordo qual. Eu devia ter uns 9, 10 anos.  Na adolescência era comum irmos ao cinema depois da escola. Na década de 80 a indústria cinematográfica nacional voltou com força total, produzindo algo mais substancioso do que as chanchadas dos anos 70. Filmes como "Com licença eu vou à luta", "Marvada Carne", "Eu sei que vou te amar"  - os 3 tendo como protagonistas a então iniciante Fernanda Torres -  fizeram um sucesso estrondoso na época. Além desses, os musicais como "Beth Balanço", "Rock Estrela", "O Mistério do Colégio Brasil", "Areias escaldantes"… todos esses pegaram carona na febre oitentista da explosão do rock brazuca. E é claro, a geração 80 toda prestigiou. E de certa forma essa fidelidade garantiu a continuidade do Cinema Brasileiro que se mantém forte ate hoje e só faz crescer.
A lista dos filmes

*Hair - Milos Forman (USA - 1979)
*A Cor Púrpura - Steven Spielberg - (USA - 1985)
*A Festa de Babette - Gabriel Axel (Dinamarca/1987)
*Sociedade dos Poetas Mortos - Peter Weir (USA - 1989)
*Como água para Chocolate - Alfonso Arau (México - 1992)
*Chocolate - Lasse Hallströn (USA  -2000)
*Big Fish - Tim Burton - (USA - 2003)
*Tudo sobre minha mãe - Almodóvar (Espanha - 1999)
*Fale com ela - Almodóvar - (Espanha - 2002)
*Vicky, Cristina: Barcelona - Woody Allen (USA - 2008)

Feito pelo Crítico Cinematografico: Valério Andrade - Tribuna do Norte

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ENTREVISTA: "RN 24 Horas"

Margot Ferreira abre as portas de sua casa e fala sobre sua vida e trajetória no jornalismo

        Com 21 anos de carreira, a jornalista e apresentadora da Intertv Cabugi mostra um pouco do seu lado pessoal e profissional
        Ao chegar à casa da jornalista Margot Ferreira, de imediato senti uma certa tranquilidade. Na estante, livros e na parede - quadros, porta- retratos e cores denunciavam que ali, a arte e as lembranças tinham o seu lugar. 
         Logo ela aparece, com um sorriso largo e uma voz marcante, com uma simpatia extremamente fácil e autêntica. Enquanto conversávamos, preparava o gravador para registrar todas as palavras daquele dia.
        A simplicidade tomou conta daquele momento espontâneo e Margot contava um pouco de sua vida e de sua carreira.
        A carioca, que traz em sua origem a mistura do sangue português do pai e potiguar da mãe, cresceu ao som de fado e música nordestina, o que a fez considerar -  como ela diz - sua carioquice bem limitada, já que em suas raízes  a herança dos pais sempre foi mais forte. Há 22 anos em natal e com 18 anos atuando na Intertv  Cabugi, a jornalista já criou laços na terra do sol. Casada e mãe de duas filhas, divide seu tempo entre a paixão pelo trabalho e a dedicação a sua família e amigos.

RN 24 horas: Margot, você é carioca, filha de pai português e mãe potiguar - como é essa mistura de culturas pra você, o que traz de cada uma?
Margot: Minha "carioquice" é limitada. Nasci na Baixada Fluminense, mas não tenho raízes lá.  Tanto que nunca fui ligada em futebol ou em Carnaval, daqueles de Escola de Samba. O sangue que corre em minhas veias é metade português, metade potiguar.  Cresci ouvindo fado e música nordestina. Nas festas na casa dos meus tios portugueses, por exemplo, se dançava o Vira e não o samba. Em vez de churrasco, bacalhau. Em casa, a minha avó materna, que nasceu em Patu, nos presenteava com seus quitutes nordestinos, como tapiocas e chouriços. Meu lar era bem atípico. (rs)

RN 24 horas: Como foi sua vinda a natal?
Margot: Foi em 1989. A Baixada Fluminense sofria com uma violência desenfreada. Grupos de extermínio, sequestros, assaltos... a situação era bem pior do que a de hoje. Meus pais decidiram se mudar com toda a família. Tínhamos duas opções: a terra da mãe, ou a terra do Pai. Portugal ou Natal? A segunda opção foi a mais fácil. 

RN 24 horas: Como você iniciou no jornalismo?
Margot: Assim que cheguei a Natal, comecei a procurar a "minha turma": a do teatro. Foi aí que em 1990 Stênio Garcia ministrou um curso na Fundação José Augusto e eu, claro, me matriculei. Precisava me enturmar. Nessa época eu já era locutora de rádio, fazendo as previsões astrológicas na 96FM.  Como o curso era de "Teatro e interpretação no Vídeo" tinha muita gente de televisão. Neuza Farache, que apresentava o jornal que eu faço hoje, era uma dessas pessoas. Eu já fazia parte de um grupo de teatro formado durante o curso com o Stênio, com uma peça em andamento. Aí Neuzinha me liga e me convida para gravar um comercial para a TV. O local da gravação era a TV Tropical, que na época era afiliada da extinta TV Manchete. Jânio Vidal, o superintendente, me convidou para testes na TV, na AM, na FM... dias depois já estava trabalhando em todos os departamentos como locutora/apresentadora. E foi lá também que eu conheci meu marido e pai das minhas duas filhas.  

RN 24 horas: Já são exatos 21 anos de carreira, o que te comove e o que  te move no jornalismo?
Margot: O que me comove  - e também me move - é o prazer de poder servir. Principalmente a quem não tem a quem recorrer.

RN 24 horas: fale um pouco da coluna Cores & Nomes? Foi uma idéia sua?
Margot: A coluna na verdade sempre foi um desejo contido meu. O tema cultura sempre me seduziu mais do que qualquer outro, por motivos óbvios. Os artistas daqui, pelo menos uns 90%, são meus amigos. Conheço suas histórias. Por esse motivo mesmo, Andréia Ramos, minha colega de redação, me encorajou. Ela tomou a frente, sugeriu à diretora de jornalismo, Ana Luiza, que topou prontamente. No começo, quem produzia as pautas era Andréia. Mas logo depois ela saiu da TV e eu assumi sozinha. Hoje o setor de pautas marca as entrevistas, mas grande parte das sugestões é minha. Quanto ao nome, me inspirei num disco antológico do Caetano Veloso de 1982, o "Cores, Nomes".    
 
RN 24 horas:   Qual foi a entrevista do Cores & nomes que mais te tocou?
Margot: Cada uma tem um sabor, uma emoção diferente. Mas por incrível que pareça, a que mais me marcou foi a que eu fiz sobre alguém que já morreu: Câmara Cascudo. A emoção de Daliana, que traçou o perfil humano do intelectual sob sua ótica de neta, me emocionou profundamente. Eu e Daliana chegamos a chorar durante a gravação. Foi difícil segurar... Além dessa, eu destaco a que eu fiz com o artista plástico Dorian Gray. Ele se emocionou e me contagiou com sua emoção.
 
RN 24 horas:   Você tem uma ligação muito forte com a música, não é?
Margot: Engraçado... eu acho que a música na minha vida sempre foi mais forte do que o teatro. No Rio fiz parte durante um tempo de um grupo que fazia trilhas sonoras para peças de teatro, o "Criaturas da Noite". Éramos atores que também cantavam. Isso sem falar que nos bastidores, na nossa rotina, sempre fomos muito musicais. Cantávamos o tempo todo! Ensaios, festas, encontros informais e até a hora do recreio da escola, eram bons motivos para uma roda de violão. Dos amigos que deixei no Rio - a grande maioria vive de arte - seja do teatro, ou da música. E eu, aqui em Natal, tantos anos depois, ainda tenho esse costume. Minha casa sempre abriga esses momentos e os meus atuais amigos, que também são muito musicais. As rodas de violão continuam firmes e fortes. (rs)
 
RN 24 horas:  Quando a vejo na TV - você passa uma certa tranquilidade - você é uma pessoa  tranquila?
Margot: Acho que passo essa tranquilidade que você diz na hora de trabalhar, de editar e apresentar o jornal. Me sinto muito confortável na bancada. Mas não dá pra ser uma pessoa tranquila o tempo todo com o mundo que a gente vive. Sou mãe e superprotetora e isso estressa todo mundo. Mas a intenção é das melhores. (rs) Além disso, só uma coisa me tira completamente do sério: falsidade. Quem me conhece de perto conhece também o meu nível de sinceridade. Falo sempre a verdade mesmo que ela doa. E gosto de ser tratada da mesma forma.  Quando isso não acontece deixo de ser tranquila na hora. 
  
RN 24 horas:   Você sendo mulher, mãe e profissional, como consegue dividir seu tempo?
Margot: Da mesma forma que todas as mulheres, mães, profissionais desse país conseguem fazer. Como diria Caetano: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". (rs)

RN 24 horas: Uma frase?
Margot: Também do Caetano: "O melhor lugar é ser feliz!"

RN 24 horas: Uma música?
Margot: Duas: "Sapato velho" e "Casaco Marrom"

RN 24 horas: Um lugar?
Margot: Meu quintal em noite de Lua Cheia com as pessoas e os amigos mais queridos numa roda de violão. 

RN 24 horas: Uma saudade?
Margot:Dos amigos que deixei no RJ.

RN 24 horas: Uma imagem?
Margot:Minha avó materna sentada numa cadeira de balanço na varanda de nossa casa na Baixada Fluminense. Enquanto cantarolava, descascava laranjas. Nós, os netos, literalmente aos seus pés, chupávamos as laranjas e brincávamos com as cascas que caiam fazendo desenhos abstratos... Inesquecível.

RN 24 horas: Escrever para você é?
Margot: Meu trabalho. E por isso mesmo, um grande prazer! 

Para conhecer um pouco mais sobre o projeto Cores & Nomes, acesse www.coresenomes.com
 
 
 
Realização: